Autonomia E Autocuidado Como Conceitos Determinantes Para A Adoção Do Comportamento Ativo Na Velhice

Resumo

O envelhecimento saudável é uma condição a ser atingida e almejada por todos os segmentos da sociedade, envolve criar políticas intersetoriais que promovam modos de viver mais saudáveis em todo mundo. A noção de que uma boa qualidade de vida envolve a adoção de comportamentos promotores de saúde a exemplo da prática de atividade física no cotidiano e no lazer, está fortemente propagada no imaginário social. O comportamento ativo é cada vez mais estimulado e percebido como uma ação estratégica para o cuidado com a saúde ao longo de toda a vida. Entretanto, ao analisar a mudança comportamental de quem envelhece, significa refletir sobre a possibilidade de ganhos substanciais em qualidade de vida com a manutenção da autonomia e do autocuidado na velhice. Neste trabalho, analisa-se os conceitos de autonomia e autocuidado de egressas em projeto de extensão e a relação entre a manutenção e a adoção da prática de atividade física após a participação no projeto. Para tanto, a investigação transcorreu por meio da abordagem qualitativa com um grupo de sete mulheres idosas participantes de projeto de extensão. A produção dos dados foi obtida mediante o uso do grupo focal, o material produzido foi submetido à análise temática segundo os procedimentos de codificação proposto por Saldaña. Os resultados demonstram que os conceitos de autocuidado e autonomia das participantes egressas favorecem a manutenção e a adoção da prática de atividade física bem como, ações promotoras de saúde. Observou-se ainda, que para as participantes os conceitos de autocuidado e autonomia estão intimamente relacionados com a história de vida de cada participante e a construção social do papel da mulher como promotora do cuidado familiar. O grupo enfatiza a velhice como um processo de autoconhecimento e liberdade para o cuidado de si desde que ações de cunho educacional sejam direcionadas a esta população.